O sensor Enlite voltou
fevereiro 15, 2017
Sim! Depois de quase 1 ano sem receber o sensor Enlite, o mês de fevereiro me trouxe essa agradabilíssima surpresa!
Ainda farei o post sobre o que “não recebi no mês de fevereiro”, mas já adianto que este foi um mês abençoado e recebi quase tudo, inclusive o sensor Enlite, que não recebia desde abril/2015.
Fiquei tanto tempo sem usar o sensor que, sério, eu esqueci o passo-a-passo. Mas como eu não podia me dar ao luxo de aplicar da forma errada e perder um sensor, peguei o manual para ler e relembrar. Mas depois, percebi que tinha uma maneira mais prática: abri o youtube e procurei o vídeo da Medtronic que ensina como aplicar o sensor da forma correta.
Depois de 3 minutos eu já lembrava de tudo, inclusive que precisava da ajuda da minha irmã para fazer a aplicação na parte posterior do braço. E deu tudo certo.
Voltando um pouco a história (estou muito emocionada e estou escrevendo tudo de uma vez, sem respeitar a ordem cronológica dos fatos hahaha), assim que saí da secretaria de saúde com quase tudo, surgiu de novo aquele misto de sentimento bom e ruim, tudo ao mesmo tempo. Fiquei feliz por ter recebido a maioria dos insumos, porque infelizmente são insumos muito caros e que eu mesma estava custeando todo mês, mesmo comprovando ao Governo que eu não tenho renda suficiente para tal. E, ao mesmo tempo, fiquei com muita raiva por eu estar me sentindo tão feliz naquele mês, porque isso é uma obrigação do Governo, uma vez que o Juiz deferiu meu pedido por este tratamento. É um absurdo que eu fique feliz por receber quase tudo que eu tenho direito de receber. É um absurdo que eu fique feliz porque naquele mês, pelo menos, eu recebi a maioria dos insumos, sendo que eu tenho direito em receber todos os insumos durante todos os meses do ano, durante todos os anos da minha vida em que minha saúde, comprovadamente, se beneficia com este tratamento.
Enfim… Sentimento de revolta define.
Havia tanto tempo que eu não recebia o sensor que, ao chegar em meu trabalho eu coloquei a insulina na geladeira e esqueci que precisava guardar o sensor no mesmo lugar (pouco depois eu lembrei). E à noite, quando eu fui colocar o sensor, eu também havia esquecido que eu precisava tirar ele da geladeira, para ficar na temperatura ambiente.
Coloquei ele à noite e a aplicação correu tudo bem. Mas naquela noite, eu não dormi nadica de nada. Eu estava tão ansiosa para voltar a usar o sensor que eu não queria esperar o dia seguinte para instalar, queria colocar no mesmo dia que recebi. Pois bem, instalei era umas dez horas e depois demora cerca de 2 horas para a bomba reconhecer o sensor e pedir para calibrar. Só que, não pode calibrar o sensor com medidas ruins, como hiperglicemia ou hipo. E minha glicemia estava o quê? O quê? Acima de 200! Então, tive que corrigir e esperar a glicemia abaixar para calibrar o sensor.
Só sei que fui dormir já era umas 2 da madruga e o sensor não calibrou direito. Ficou a noite inteira apitando hipoglicemia. Às 4h eu acordei com a apitação e medi a glicemia no glicosímetro e realmente eu estava com hipo. Comi meu bolinho e voltei a dormir. Mas o sensor insistiu que eu ainda estava com hipo, suspendeu a bomba automaticamente e, só por garantia, eu comi umas balinhas que ficam na cabeceira da cama. Por volta de umas 6h, eu já tava de saco cheio (porque desde às 2h da madruga o sensor tava disparando o alarme) e resolvi medir a glicemia de novo, porque além da bomba estar suspensa, o sensor continuou insistindo na hipo. Mas estava 215. Eu religuei a bomba, corrigi a glicemia e voltei a dormir. Às 8h eu acordei de novo para medir a glicemia e ver se já estava ok, então eu calibrei o sensor de novo, pra ver se ele pegava no tranco. Depois dessa noite mal dormida, finalmente o sensor calibrou. Ufa!
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